Quando se trata de logística, não é segredo para ninguém que a gestão eficiente dos diferentes tipos de estoque é um cuidado primordial que qualquer operação deve ter para o sucesso de qualquer negócio.
Dentro desse escopo, uma das primeiras coisas que se deve considerar é o tipo de estoque. As diferentes estratégias possíveis para lidar com essa questão podem impactar diretamente nos custos operacionais, satisfação do cliente e otimização de processos logísticos.
E, com essas considerações, que tal continuar a leitura para descobrir mais sobre isso? Explore os principais tipos de estoque, além de conferir como identificar qual é a melhor estratégia para o seu negócio.
O que é gestão de estoque?
Antes de adentrarmos os principais tipos de estoque, é importante saber primeiro no que consiste esta estratégia. Dessa forma, uma gestão de estoque envolve o planejamento, controle e monitoramento das mercadorias que uma empresa armazena.
O objetivo é garantir que os produtos estejam disponíveis na quantidade certa, no momento certo, evitando tanto a falta quanto o excesso de itens.
Nesse sentido, você já pode imaginar que uma gestão eficaz de estoque contribui especialmente para a melhoria da eficiência operacional, além de também cooperar para a redução de custos.
Tipos de estoque
Estoque mínimo
O estoque mínimo, também conhecido como “estoque de segurança”, é vital para evitar que a empresa enfrente interrupções na produção ou falte produtos para venda, principalmente em períodos de alta demanda ou dificuldades de reposição.
Dessa forma, ele garante que, mesmo diante de imprevistos na cadeia de suprimentos, a operação continue funcionando sem problemas.
Nesse sentido, vale adicionar que o cálculo desse estoque precisa levar em consideração fatores como o tempo de reposição dos produtos e a flutuação da demanda, sendo imprescindível para empresas que trabalham com produtos cuja oferta pode ser instável.
Vantagens:
- Redução do risco de falta de produtos.
- Maior segurança para lidar com flutuações na demanda.
Desvantagens:
- Exige cálculos constantes de demanda e reposição, o que pode aumentar a complexidade da gestão.
Estoque máximo
Em contrapartida, temos o estoque máximo, que consiste em uma estratégia voltada para otimizar o uso do espaço de armazenamento e evitar o excesso de capital imobilizado em produtos estocados.
Ao estabelecer um limite para o número de itens armazenados, a empresa garante que não haverá desperdício de espaço e nem produtos obsoletos. Mais que isso, podemos dizer também que essa abordagem pode ser uma boa opção para negócios com limitação de espaço físico ou que lidam com mercadorias de reposição lenta.
Vantagens:
- Prevenção de excesso de produtos.
- Melhoria no controle de espaço de armazenamento.
Desvantagens:
- Pode causar dificuldades em momentos de aumento inesperado da demanda.
Just in Time (JIT)
O sistema Just in Time (JIT) foi criado para minimizar os custos de armazenamento, eliminando a necessidade de manter grandes quantidades de produtos no estoque.
Com este método, a empresa só adquire novos produtos ou insumos quando eles são realmente necessários, ou seja, no momento da demanda. E, para que essa estratégia seja bem-sucedida, é essencial que haja uma cadeia de suprimentos eficiente e confiável, pois qualquer atraso no fornecimento pode impactar diretamente a operação.
Vantagens:
- Redução de custos com armazenamento.
- Menor risco de obsolescência de produtos.
Desvantagens:
- Alta dependência de fornecedores eficientes e prazos de entrega precisos.
- Risco elevado em situações de interrupção na cadeia de suprimentos.
Estoque consignado
Podemos dizer que a estratégia do estoque consignado é uma solução em que os produtos permanecem no armazém do comprador, porém continuam pertencendo ao fornecedor até que sejam vendidos ou utilizados.
Esse modelo permite que a empresa tenha acesso aos produtos sem a necessidade de um pagamento inicial, o que ajuda a liberar capital para outras áreas do negócio e torna a gestão financeira mais flexível.
Vantagens:
- Redução de custos iniciais de aquisição.
- Maior flexibilidade no uso do capital.
Desvantagens:
- Exige uma parceria sólida com o fornecedor.
- Dificuldade em adaptar a demanda e a reposição de produtos.
Estoque em trânsito
Já o estoque em trânsito refere-se às mercadorias que estão sendo transportadas de um local para outro, seja do fornecedor para o armazém ou do armazém para o cliente final. Esse tipo de estoque é particularmente importante para empresas que operam em larga escala ou que dependem de prazos longos de transporte, como em importações.
Vantagens:
- Maior visibilidade e controle da cadeia logística.
- Possibilidade de integração com fornecedores em diferentes localidades.
Desvantagens:
- Maior complexidade no controle e rastreamento de mercadorias.
- Potencial de atrasos e impactos no atendimento ao cliente.
Estoque obsoleto
Por último, temos o estoque obsoleto, que é composto por produtos que, devido a mudanças na demanda ou falhas no planejamento, não têm mais saída no mercado. Assim, esses itens geralmente ficam parados no armazém, ocupando espaço e imobilizando capital, o que representa uma perda significativa para a empresa.
Vantagens:
- Se gerenciado adequadamente, pode ser convertido em oportunidades de venda.
- Redução de prejuízos quando estratégias de liquidação são implementadas.
Desvantagens:
- Impacta diretamente na margem de lucro.
- Exige uma gestão ativa para evitar acúmulo.
Como escolher a melhor estratégia?
Agora que já sabemos os tipos de estoque que mais se destacam dentro de uma logística, como saber qual o ideal para a minha? Nesse sentido, a escolha da melhor estratégia de estoque depende do modelo de negócio, do perfil de clientes e, claro, da estrutura logística da empresa.
Dentre alguns dos fatores que podem ajudar a tomar essa decisão estão:
Demanda do produto
Empresas que lidam com produtos de alta demanda, mas com baixa margem de lucro, podem se beneficiar de estratégias como o estoque mínimo ou Just in Time (JIT).
Isso ocorre porque essas abordagens garantem que os itens estarão disponíveis para atender à demanda em questão, sem que haja desperdício de recursos em excesso de estoque. A estratégia JIT, por exemplo, é amplamente utilizada em setores com alta rotatividade de produtos e prazos de reposição curtos.
Ciclo de vida do produto
Produtos com ciclos de vida curtos, como eletrônicos ou itens de moda, exigem estratégias que minimizem o risco de obsolescência.
Nesse caso, o estoque mínimo ou o JIT são escolhas apropriadas, pois evitam o acúmulo de mercadorias que podem perder valor rapidamente. Ao adotar essas estratégias, sua empresa poderá ajustar o estoque conforme a demanda real, evitando perdas por produtos que se tornem obsoletos com o tempo.
Capacidade de armazenamento
Se sua empresa possui espaço limitado para armazenamento, a estratégia do estoque consignado pode ser a mais indicada. Este método permite que você mantenha uma quantidade de produtos sem ter que comprá-los até o momento da venda, liberando espaço no armazém e reduzindo o custo inicial de aquisição.
Podemos também adicionar o JIT como estratégia possível já que ele elimina a necessidade de grandes estoques, tornando a operação mais enxuta e ágil.
Conclusão
Independentemente do tipo de estoque escolhido, é indispensável ter o cuidado e o investimento em manter uma boa gestão para garantir a eficiência operacional e a satisfação do cliente.
Vale lembrar que uma estratégia bem planejada de estoque pode reduzir custos, otimizar espaço e garantir que os produtos estejam sempre disponíveis.
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